Antes de ser suspensa, no final de 2013, a Large Hadron Collider (LHC) tornou-se famosa por ajudar a descobrir o Bóson de Higgs – e que valeu a Peter Higgs e François Englert o prémio Nobel da Física em 2013.
Esta semana, quase dois anos depois, a maior experiência científica desde sempre vai reiniciar-se. É que, ainda que a LHC ter conseguido um dos seus objetivos mais significativos – ajudar a descobrir o bóson de Higgs – o seu propósito ainda não está completo. A máquina ainda tem a energia e agilidade suficiente para responder a questões que ainda deixam os físicos sem resposta.
“Na nossa primeira missão tínhamos uma base teórica muito forte para encontrarmos o bóson de Higgs. Agora não temos nada tão claro em mente”, explicou à revista Nature Tara Shears, física de partículas na Universidade de Liverpool, Inglaterra.
A LHC utiliza correntes elétricas poderosas e campos magnéticos para acelerar dois feixes de prótons em direções opostas, num raio de 27 quilômetros e quase à velocidade da luz, fazendo-os colidir.
O resultado é uma espécie de fogo-de-artifício de partículas altamente enérgicas, que podem incluir outras mais raras e de curta duração. Estas imediatamente transformam-se em partículas mais comuns e leves mas, se tudo correr bem, não antes que os detectores de partículas gravem estas colisões, ajudando a estudá-las. Feixes mais intensos significam mais colisões e uma maior hipótese de observar os fenômenos raros.

“Existe toda uma nova região de energia à nossa espera, para a descobrirmos”, explicou Alice Bean, física de partículas que trabalhou com a LHC. As melhorias do equipamento custaram €137 milhões e irão aumentar em 20% a utilização de energia do CERN – Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear – até aos €60 milhões.
Imagem de Mark Hillary / Creative Commons
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