sexta-feira, 24 de abril de 2015

Maior experiência cientifica do mundo vai ser reativada dois anos depois

Maior experiência cientifica do mundo vai ser reativada dois anos depois

Antes de ser suspensa, no final de 2013, a Large Hadron Collider (LHC) tornou-se famosa por ajudar a descobrir o Bóson de Higgs – e que valeu a Peter Higgs e François Englert o prémio Nobel da Física em 2013.
Esta semana, quase dois anos depois, a maior experiência científica desde sempre vai reiniciar-se. É que, ainda que a LHC ter conseguido um dos seus objetivos mais significativos – ajudar a descobrir o bóson de Higgs – o seu propósito ainda não está completo. A máquina ainda tem a energia e agilidade suficiente para responder a questões que ainda deixam os físicos sem resposta.
“Na nossa primeira missão tínhamos uma base teórica muito forte para encontrarmos o bóson de Higgs. Agora não temos nada tão claro em mente”, explicou à revista Nature Tara Shears, física de partículas na Universidade de Liverpool, Inglaterra.
A LHC utiliza correntes elétricas poderosas e campos magnéticos para acelerar dois feixes de prótons em direções opostas, num raio de 27 quilômetros e quase à velocidade da luz, fazendo-os colidir.
O resultado é uma espécie de fogo-de-artifício de partículas altamente enérgicas, que podem incluir outras mais raras e de curta duração. Estas imediatamente transformam-se em partículas mais comuns e leves mas, se tudo correr bem, não antes que os detectores de partículas gravem estas colisões, ajudando a estudá-las. Feixes mais intensos significam mais colisões e uma maior hipótese de observar os fenômenos raros.



“Existe toda uma nova região de energia à nossa espera, para a descobrirmos”, explicou Alice Bean, física de partículas que trabalhou com a LHC. As melhorias do equipamento custaram €137 milhões e irão aumentar em 20% a utilização de energia do CERN – Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear – até aos €60 milhões.

Imagem de Mark Hillary / Creative Commons

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