Extintor ABC? No futuro você talvez possa apagar incêndios com… o som do carro!
Desde 1º de janeiro de 2015, o Conselho Nacional de Trânsito está tentando implementar definitivamente a adoção de extintores de incêndio do tipo ABC nos veículos de passeio brasileiros.
O motivo é que o pó químico do extintor ABC é capaz de apagar as chamas de materiais sintéticos como o tecido e a espuma dos bancos, como podemos ver no vídeo abaixo:
Brincadeiras à parte, o extintor é um equipamento útil em caso de princípio de incêndio, quando você avista as chamas ainda em baixa intensidade. Até o começo deste ano, os carros podiam rodar com os extintores do tipo BC e ABC. O extintor BC é designado para combater incêndio causado por líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos, mas não é recomendado para materiais sólidos como tecidos, espuma, plásticos e borrachas. Por isso, o Conselho Nacional de Trânsito decidiu tornar obrigatório o uso do extintor ABC — o “A” designa a capacidade de combater chamas em materiais sólidos.
Atualmente não há um extintor capaz de combater todo tipo de incêndio. Existem cinco tipos de extintores – A, ABC de pó químico e de halotron, BC, D e K. O tipo A combate incêndio em sólidos; o AB em sólidos e líquidos; o ABC em sólidos, líquidos e em circuitos elétricos; o D em metais; e o K em gorduras, óleos e graxas. É por isso que você não deve
tentar apagar o fogo se ele já estiver instalado na carroceria do carro, por exemplo — você precisaria de um ABC e um D para combater o incêndio. Um não, vários.
Mas imagine se houvesse uma forma de extinguir o fogo usando somente um dispositivo para qualquer tipo de incêndio. Esse “extintor ideal” é objeto de estudo de vários pesquisadores de todo o mundo, que há algum tempo vêm procurando uma forma mais moderna de combater o fogo. Pensou em ficção-científica? É quase isso.
As pesquisas para modernizar os sistemas de supressão de incêndio começaram em 2008 com a DARPA, a agência militar de projetos de pesquisa avançada de defesa dos EUA. Você talvez tenha reconhecido o nome pois eles são aqueles cientistas malucos que fazem e patrocinam o desenvolvimento de robôs aterrorizantes de tão parecidos com seres vivos:
Em 2011 eles deixaram os robôs de lado por um instante e desenvolveram um extintor de incêndio baseado em ondas sonoras. Sim, você leu certo: ondas sonoras, o bom e velho som. Parece loucura, mas eles até divulgaram um vídeo para demonstrar como o negócio funciona:
No meio está uma tigela com combustível em chamas. Os dois tubos ao lado dela têm alto-falantes reproduzindo uma determinada frequência para criar um campo acústico que irá aumentar a velocidade do ar. À medida em que a velocidade do ar aumenta a camada que separa a chama do combustível fica mais fina, facilitando o desprendimento da chama. Ao afetar a superfície do combustível, o campo acústico aumenta a vaporização do combustível, o que aumenta a chama mas reduz sua temperatura. Como a mesma quantidade de calor se espalha por uma área maior, a combustão é interrompida.
Como você percebeu, esse sistema não é exatamente prático — o fogo precisaria estar sempre entre dois canhões de som para ser suprimido por um campo acústico. Contudo, dois estudantes da George Mason University, Seth Robertson e Viet Tran, desenvolveram um extintor sonoro mais compacto e portátil, e provaram que ele funciona apagando as chamas da queima de álcool isopropílico em uma frigideira a céu aberto.

Atualmente não há um extintor capaz de combater todo tipo de incêndio. Existem cinco tipos de extintores – A, ABC de pó químico e de halotron, BC, D e K. O tipo A combate incêndio em sólidos; o AB em sólidos e líquidos; o ABC em sólidos, líquidos e em circuitos elétricos; o D em metais; e o K em gorduras, óleos e graxas. É por isso que você não deve
tentar apagar o fogo se ele já estiver instalado na carroceria do carro, por exemplo — você precisaria de um ABC e um D para combater o incêndio. Um não, vários.
Mas imagine se houvesse uma forma de extinguir o fogo usando somente um dispositivo para qualquer tipo de incêndio. Esse “extintor ideal” é objeto de estudo de vários pesquisadores de todo o mundo, que há algum tempo vêm procurando uma forma mais moderna de combater o fogo. Pensou em ficção-científica? É quase isso.
As pesquisas para modernizar os sistemas de supressão de incêndio começaram em 2008 com a DARPA, a agência militar de projetos de pesquisa avançada de defesa dos EUA. Você talvez tenha reconhecido o nome pois eles são aqueles cientistas malucos que fazem e patrocinam o desenvolvimento de robôs aterrorizantes de tão parecidos com seres vivos:
Em 2011 eles deixaram os robôs de lado por um instante e desenvolveram um extintor de incêndio baseado em ondas sonoras. Sim, você leu certo: ondas sonoras, o bom e velho som. Parece loucura, mas eles até divulgaram um vídeo para demonstrar como o negócio funciona:
No meio está uma tigela com combustível em chamas. Os dois tubos ao lado dela têm alto-falantes reproduzindo uma determinada frequência para criar um campo acústico que irá aumentar a velocidade do ar. À medida em que a velocidade do ar aumenta a camada que separa a chama do combustível fica mais fina, facilitando o desprendimento da chama. Ao afetar a superfície do combustível, o campo acústico aumenta a vaporização do combustível, o que aumenta a chama mas reduz sua temperatura. Como a mesma quantidade de calor se espalha por uma área maior, a combustão é interrompida.
Como você percebeu, esse sistema não é exatamente prático — o fogo precisaria estar sempre entre dois canhões de som para ser suprimido por um campo acústico. Contudo, dois estudantes da George Mason University, Seth Robertson e Viet Tran, desenvolveram um extintor sonoro mais compacto e portátil, e provaram que ele funciona apagando as chamas da queima de álcool isopropílico em uma frigideira a céu aberto.

O princípio do aparelho dos estudantes é o mesmo do sistema da DARPA: as ondas sonoras de 30 a 60 hertz separam o oxigênio do combustível pela agitação do ar, impedindo que o fogo volte a se formar. De acordo com a declaração dos estudantes à revista New York, se escalonado de forma adequada, os extintores de ondas sonoras poderia eliminar o uso de pó químico e o desperdício de água para conter incêndios em casas e até florestas.
Claro, ainda há muito pela frente. Primeiro os estudantes precisam testar o sistema em incêndios com tecidos, madeira, gorduras e outros materiais sólidos, caso obtenham sucesso, o próximo passo é desenvolver uma forma prática de combate a incêndio usando ondas sonoras.
Tudo isso, contudo, nos faz pensar que eles talvez tenham encontrado alguma utilidade para os campeonatos de SPL. Quem precisa de ABC quando se tem subwoofers?
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