sexta-feira, 27 de março de 2015

O melhor da arquitetura japonesa em 10 casas

O melhor da arquitetura japonesa em 10 casas

Hiroshi Hara, Tadao Ando, Shigeru Ban. Esses são apenas alguns nomes dos maiores arquitetos contemporâneos do mundo.


A arquitetura japonesa é contemplada por diversos admiradores, seja por se caracterizar suas obras pelo minimalismo do branco com a madeira ou pelas criações imprevisíveis.
A DSN reuniu 10 projetos de casas japonesas incríveis de arquitetos e escritórios renomados e reconhecidos mundo a fora. Continue lendo e confira quais são.




imagem © Takumi Ota


- House of Tousuienn | Suppose Design Office


Hiroshima, Japão


O projeto de três andares inova com paredes translúcidas de policarbonato em um terreno longo e estreito, que definiu a forma da casa. Para acolher uma família de cinco integrantes e sua coleção de motos, a residência mantém a privacidade mesmo com as paredes de plástico e amplas janelas, feitas do mesmo material.
O uso do plástico oferece aos moradores a experiência de desfrutarem as mudanças de luz ao longo do dia, ainda que dentro de casa. Mas um ponto fraco da escolha do material é o isolamento térmico, então potentes ar-condicionados foram instalados pela residência. A estrutura de aço expõe vigas e o teto de concreto, balanceados com o conforto do mobiliário e revestimentos de madeira. A maximização de espaço também é destaque com planos abertos e portas corrediças.




imagem © Koichi Torimura


- S-house | Yuusuke Karasawa Architects


Saitama, Japão


A arquitetura da casa é de uma complexidade incrível. Foram criados diversos andares e meio-andares ligados por caminhos labirínticos de escadas, formando superfícies que acabam-se umas nas outras. Sua principal particularidade é ter os interiores abertos e as paredes externas serem feitas de vidro, comprometendo de certa forma a privacidade dos habitantes, exceto pelo banheiro, localizado no subsolo.
Os dois andares da casa foram construídos com materiais como tapete de cânhamo, placas de gesso, telhas cerâmicas e chapas de aço, além da pele de vidro que permite maior entrada de luminosidade. O minimalismo pode ainda ser encontrado ao se usar apenas o branco nos interiores, combinando-se ao piso de madeira de cor clara.




imagem © Toshihiro Sobajima


- The Boundary Home | Atelier Tekuto


Em tese, a Boundary Home não poderia ter sido construída devido às políticas japonesas de controle de zoneamento, já que seria localizada no limite entre as áreas rural e urbana do Japão. O arquiteto Yasuhiro Yamashita optou por um viés mais natural, explorando os cinco sentidos humanos, o que faz com que os moradores aproveitem a casa e desconheçam qualquer tipo de fronteira.
A estrutura da edificação é parecida com um labirinto, para que os interiores se mesclem com o exterior, sendo que diversas clarabóias, algumas com aberturas, ajudam a encobrir os limites e contrastes e um jardim no terraço traz a natureza para dentro de casa. Foram escolhidos para o projeto materiais de alta densidade, revestimentos em branco e materiais texturizados para o forro.




imagem © Kazunori Fujimoto


- Casa Nasu | Kazunori Fujimoto Architect & Associates


Se em alguns projetos anteriores a privacidade poderia sair 
comprometida, o projeto Casa Nasu é toda baseada nesse conceito. O complexo de um programa de um dormitório fica muito próximo às residências vizinhas e exigia certo cuidado com grandes aberturas e cortes que revelassem as atividades internas. Assim, o arquiteto decidiu por adotar um estilo escandinavo, que se encerra em si mesmo.
Envolto por uma estrutura sólida de concreto, poucas janelas conectam o ambiente externo e interno, que deixam a claridade e a diversidade de cores da vegetação entrar, sem nenhum detalhe da casa sair. O único quarto conta com uma parede de concreto exposto, como um monólito que separa as camas do restante do mobiliário austero em madeira.



imagem © Masao Nishikawa


- Lattice House | APOLLO Architects & Associates


Tokyo, Japão


A residência emerge entre duas casas antigas, exibindo a estrutura de pilotis e a fachada revestida em treliças de madeira. O terreno longo e estreito de 44 m2 comporta quatro andares, distribuídos entre banheiro, cozinha, dormitórios e até uma garagem.
Os espaços são conectados por uma escada vazada de corrimãos metálicos, situada no centro da residência. Sancas iluminadas, janelas e clarabóias deixam a luz realçar os interiores, revestidos em concreto, porcelanatos com tons de cinza e pisos laminados de madeira escura. A harmonia vertical foi atingida através de um sistema de concreto armado.




imagem © Iwan Baan


- Casa Nagoya | Tetsuo Kondo Architects


Chayagasaka, Japão


Com uma arquitetura curiosa e plenamente integrada, a casa é composta por um espaço aberto e dinâmico, que consegue adaptar-se à diversidade e à rotina do dia a dia. Assim, os interiores são sutilmente conectados e dão a impressão de que a casa é composta por apenas um cômodo amplo e aberto, promovendo a convivência e a interação dos moradores.
A mescla de branco, madeira em tons claros e portas e janelas em vidro dão um senso de liberdade, enquanto promovem a iluminação e circulação do ar. Escadas curvas ligam os andares e pequenos desníveis, resultantes da forma do projeto, composta por diferentes módulos em cubos, que variam em dimensão, cor e função.





- Concrete House | Matsuyama Architects and Associates

Amani Oshima, Japão


O projeto soma o purismo do concreto com a convivência familiar. A ideia do cliente era que a casa fosse condensada em um único volume com poucas divisórias, para que a família composta por cinco integrantes passasse mais tempo junto. Os ambientes são quase plenamente integrados, se não fossem pelas divisões sutis delimitadas por uma paleta de vidro, madeira e concreto.
A fachada tem um recuo especial da via, enquanto permite a transparência entre espaços internos e externos através de um painel de vidro. E ela pouco revela os interiores, os quais revelam forte expressão do concreto, enriquecidos pela marcenaria feita sob medida, de tons mais escuros.



- Casa H | Hiroyuki Shinozaki Architects

Matsuda, Japão


O projeto se destaca pelas colunas de madeira em Y suportam quartos e sótãos em diferentes níveis. Um total de oito colunas se estendem até o telhado da casa sobrepondo-se umas às outras. O primeiro andar contém dois quartos e uma sala tradicional japonesa.
Logo acima, por entre as colunas, foram construídos três pequenos sótãos. A sala de estar, sala de jantar e cozinha estão localizadas no piso térreo e são livremente divididas em nichos pelo layout das colunas. Uma escada de madeira conecta o térreo aos quartos do primeiro andar.




imagem © Hen’ichi Suzuki


- Casa em Yamasaki | Tato Architects


Hyogo, Japão


O arquiteto optou por criar 3 pequenos galpões apoiados sobre um bloco semi-enterrado para enfatizar a iluminação natural e o controle térmico dos ambientes. Os blocos translúcidos fornecem luz natural e ventilação para o andar inferior, coletando calor no inverno e promovendo a exaustão do calor no verão.
Como parte do andar térreo é enterrado, a altura final da cobertura é baixa contribuindo para que o entorno mantivesse a ampla visibilidade do céu e das montanhas que circundam a região.




imagem © Shinichi Ogawa & Associates Tokyo


- Cube Court House | Shinichi Ogawa & Associates


Tokyo, Japão


A casa com espaços voltados para si mesmos se diferencia pela inserção estratégica de paredes de vidro, que garantem a entrada de luz natural e uma boa circulação do ar, sem revelar demais. A estrutura é feita de concreto reforçado e steel-frame. Portas e janelas corrediças dão um senso de amplitude aos 154 m2 distribuídos em três andares.
Spots de luz em sequência iluminam sutilmente os ambientes, cujos acabamentos são em sua maioria metálicos ou em madeira. Não há muita mobília para evitar a poluição visual dos espaços. Os ambientes são coesos e conectados a partir de pátios cúbicos, incluindo um jardim de inverno. O terraço elevado em perfis de vidro finaliza o projeto com uma bela vista da cidade.

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